Descrição
Guia de Pulso Oxumare
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Guia de Pulso Oxumare confeccionada com fio de elástico strech duplo de alta resistência com pedras naturais 8 mm.
Pingente de Cobra.
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Por se tratar de pedras naturais, poderá ocorrer alteração na tonalidade da cor.
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Quem é Oxumarê na Umbanda?
Oxumarê É a Divindade que está assentada no pólo negativo do Trono do Amor.
É um Orixá Cósmico que atua na vida dos seres para absorver, diluir e corrigir os desequilíbrios no campo do amor e que, ao mesmo tempo, irradia Energias de renovação.
Seus principais Fatores são o Diluidor e o Renovador, pois a Energia de Oxumarê se movimenta por meio de uma onda dupla: uma onda dilui as negatividades dos seres e a outra onda, simultaneamente, os renova.
Essa onda dupla é simbolizada por duas serpentes entrelaçadas num eixo vertical. E aqui surge um dos Mistérios de Oxumarê: o Mistério Cobra ou Serpente. Mas esta “serpente” não se refere ao animal, ao réptil, na verdade ela representa a kundalini, um tipo de Energia que circula no chakra básico. Por outro lado, a serpente é associada à sexualidade, e isso precisa ser mais bem analisado.
A Energia kundalini não é apenas uma energia sexual ou para o sexo. Ela é mais que isso. A kundalini é a Energia da alegria, da satisfação, do prazer de viver- o que certamente pode englobar a sexualidade, mas vai além desse aspecto.
A Energia de Oxumarê tem as qualidades da Energia kundalini e daí vem o fato de Oxumarê ser associado à sexualidade, às vezes até de forma equivocada. Vejamos como atua a Energia de Pai Oxumarê, que tem características da Energia kundalini.
Sabemos que o corpo humano tem 7 chakras principais: coronário, frontal, laríngeo, do coração, esplênico, umbilical e básico. Estes chakras absorvem as Energias Divinas que são vitais para nós e as irradiam para os nossos demais centros energéticos (chakras menores, meridianos etc.), garantindo o equilíbrio e a saúde dos nossos corpos espiritual, mental, emocional e físico.
Pois bem, kundalini é a Energia Divina que entra pelo chakra básico. É “a serpente que dorme no chakra básico” e que, ao ser despertada, sobe pela coluna e vai passando pelos demais chakras, num movimento que lembra o da serpente, até chegar ao chakra da coroa. As energias do chakra básico nos dão vitalidade, capacidade de iniciativa; despertam em nós a vontade de fazer, de realizar, de estar presente; dão-nos a capacidade do saber relacionar-se com o mundo. É a chamada Energia terra/céu.
Mas nós recebemos outro tipo de Energia, que entra pelo chakra da coroa e desce para os demais chakras, até chegar ao básico. Essa Energia nos liga ao mais Alto, por meio da Fé, e nos faz buscar transcender as questões meramente materiais. É a Energia céu/terra.
Essas duas Energias se movimentam num eixo magnético vertical que vai do topo da cabeça ao chakra básico, elas descem ao longo da coluna vertebral e alimentam os demais chakras, juntando-se às energias específicas de cada chakra. Dão a sustentação “pela terra” e “pelo céu”.
As energias do chakra básico e as da coroa se encontram no chakra do coração, situado exatamente no meio dos 7 chakras principais. Ali elas são harmonizadas e dali são distribuídas para os demais centros energéticos. Diz o ditado: “o equilíbrio está no meio”… Portanto, o coração bombeia o sangue e também essas Energias, inclusive a kundalini, para todo o nosso corpo. Assim, quando alimentamos sentimentos de amor e de alegria de viver, nós ficamos plenos do equilíbrio das Energias terra/céu e céu/terra. Mas se nos entregamos às mágoas, às decepções e tristezas, nós bloqueamos o chakra do coração e também a livre circulação da kundalini, e enfraquecemos. Por isso se diz que o Amor cura tudo…
Como Trono Masculino do Amor, Pai Oxumarê nos ampara e auxilia em todas as dificuldades no campo do amor, da afetividade no geral e do relacionar-se com o outro; inclusive nas dificuldades referentes à sexualidade. Quando alimentamos ódio, ciúmes, ressentimentos e mágoas, ou dificuldades no campo da sexualidade, por exemplos, podemos pedir a Ele que dilua esses sentimentos negativos e renove o nosso íntimo, curando esses bloqueios indesejáveis. Pois o Divino Oxumarê é também um dos Orixás que compõem o Sagrado Trono Medicinal ou da Cura (ao lado dos Amados Pais Oxalá, Oxóssi, Obaluayê, entre outros).
As “serpentes” de Oxumarê (sua onda dupla) têm relação com a sexualidade neste sentido
de equilíbrio: quando nos relacionamos por Amor, o nosso coração ajuda a bombear a kundalini, fazendo-a subir dos dois lados, como duas “serpentes” que se entrelaçam e nos envolvem com as Energia terra/céu (vitalidade, impulso, estímulo, alegria, prazer) e as Energias céu/terra (Fé, autoconfiança, autoestima, integração com o Todo, entusiasmo, êxtase, iluminação). A energia sexual não é apenas para o sexo, é também para todas as atividades criativas e de expansão da consciência.
A onda dupla de Oxumarê lembra o caduceu, símbolo da Medicina e que também aparece nas mãos de Mercúrio. O caduceu é um bastão com duas serpentes entrelaçadas, representando a complexidade do ser humano.
Pai Oxumarê é também considerado o Senhor do Arco-Íris. E aqui temos mais um dos Seus Divinos Mistérios: o Mistério das Cores. Pois o fenômeno do arco-íris revela as 7 cores contidas na luz branca do sol.
O arco-íris surge num dia de sol e chuva forte, aparece logo após a chuva. As 7 cores da luz solar se refletem primeiro no interior das gotas de água da chuva que evaporaram com o calor do sol, e dali elas se refletem no céu, ficando então visíveis aos nossos olhos. Esse fenômeno também simboliza o bem-estar e a alegria que sentimos pela renovação da atmosfera, depois daquela chuva forte.
Num dia de sol e chuva, podemos observar uma cachoeira: quando a água da cachoeira cai, com aquele vapor em torno dela, e a luz do sol bate nas gotas de água suspensas no ar, forma-se o arco-íris, e as 7 cores ficam visíveis no céu.
A cachoeira, nesse ponto em que as águas caem e formam vapor, é um dos pontos de força de Oxumarê. Pois é Oxumarê quem dá cores à Vida e a toda a Criação. Ele é o Senhor do Arco-Íris Divino, que ilumina e renova toda a Criação, “depois de uma chuva forte”, isto é, depois da dificuldade. Isso também pode ser entendido da seguinte forma: quando uma pessoa está triste, desiludida e amargurada, a vida lhe parece sem brilho, fica cinzenta; já quando a pessoa está amando, ela vê alegria e cor em tudo. E assim atua o Divino Pai Oxumarê: diluindo nossas mágoas e tristezas, para nos renovar e reequilibrar, devolvendo o brilho das cores à nossa vida. Ele é o Senhor das 7 cores do Arco-Íris Sagrado. Ele nos renova o íntimo e traz “as cores da Vida” que não estávamos percebendo. Ele é o Grande Renovador das nossas vidas.
Ainda dentro do Mistério das Cores, Oxumarê rege a Linha de Trabalho das Crianças, pois a criança representa o renascimento, a renovação da vida, a pureza, a alegria etc. Num sentido mais espiritualista, leva-nos ao resgate da nossa “criança interior”.
Na obra de Rubens Saraceni, pela Editora Madras, aprendemos que o Orixá Oxumarê é a Renovação contínua, atuando nas nos 7 Sentidos da Vida:
-No Sentido da Fé: renovando a fé e a religiosidade dos seres;
-No Sentido do Amor e da concepção: renovando o amor e a sexualidade dos seres;
-No Sentido do Conhecimento: renovando os conceitos, teorias e fundamentos;
-No Sentido da Justiça: renovando os juízos (padrões de valores, avaliações);
-No Sentido da Lei: renovando as ordenações que acontecem de tempos em tempos;
-No Sentido da Evolução: renovando as doutrinas que aperfeiçoam o saber e aceleram a evolução dos seres;
-No Sentido da Geração: como a renovação da criatividade, ou como o próprio reencarne.
O livro “Lendas da Criação” destaca a interessante “união” ou atuação conjunta dos Orixás Iansã e Oxumarê: Mãe Iansã atua para dar movimento e direcionamento à Criação, enquanto Pai Oxumarê dá ritmo e cadência a esses movimentos. Ela nos direciona e movimenta no caminho da Evolução. Ele impõe ritmo e cadência aos nossos movimentos, diluindo nossos desequilíbrios e renovando os nossos passos, para nos manter em sintonia com o Movimento Perfeito da Criação.
Já o autor Fernando Fernandes nos fala da visão do Candomblé, onde Oxumarê é cultuado como o filho mais novo e preferido de Nanã e irmão de Omolu. Ele participou da criação do mundo, enrolando-se ao redor da Terra, reunindo a matéria e dando forma ao mundo. Rastejando pelo Mundo, desenhou os vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital.
Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida. Assegura a comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens, e por isso é associado ao cordão umbilical. Garante a comunicação entre o céu e a terra e leva a água dos mares para o céu, para que a chuva possa formar-se. É o arco-íris, a grande cobra colorida. A cobra é d’Ele, e por isso no Candomblé não se mata cobra.
Para alguns, Oxumarê seria “homem e mulher”, seis meses homem e seis meses mulher. Mas na Umbanda acreditamos que isso se refere a um ciclo que Ele representa: o ciclo da Vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a Vida se perpetua. Oxumarê é duplo, mas no sentido de que exprime a união dos opostos, que se atraem e permitem a manutenção do Universo e da Vida. Sintetiza também a duplicidade do ser, que é mortal no corpo e imortal no espírito.
Na Umbanda, Oxumarê é cultuado como Trono Masculino do Amor. Portanto, é um Orixá Masculino. Como Divindades de Deus, os Orixás estão além não dos valores e conceitos (e preconceitos) humanos sobre sexualidade ou sobre qualquer outro tema.
LENDAS
Todos os dias Oxumarê passava em frente ao palácio de Xangô exibindo a beleza de seus trajes e a riqueza de seus adornos em ouro. O rei olhava admirado e desejava muito ter um contato mais próximo com o jovem, porém conhecia sua fama de não deixar ninguém se aproximar. Resolveu então preparar uma armadilha e para isso mandou que simulassem uma audiência real e chamassem Oxumarê afirmando que era uma ordem para todos os moradores do reino. Obediente ás ordens de seu soberano, Oxumarê compareceu pontualmente no dia determinado. Lá chegando estranhou que estivesse tão vazio já que a ordem tinha sido a todos os súditos, pensou em voltar atrás, imaginando que poderia ser um truque. Mas era tarde, os soldados já o estavam encaminhando a sala do trono. Ao aproximar-se do rei prostrou-se ao chão, como era hábito, ao erguer a cabeça percebeu um gesto brusco de Xangô dirigido aos soldados que imediatamente passaram a fechar todas as portas e janelas da grande sala. Percebeu que realmente fora enganado olhou em torno e não viu condições de fuga. Xangô levantou-se e dirigiu-se ao rapaz tentando tomá-lo nos braços. Oxumarê passou a se esquivar sempre procurando uma maneira de escapar. Corria de um lado a outro sem conseguir achar nenhuma saída ou mesmo um lugar onde pudesse se esconder. Tomado pelo desespero elevou o pensamento a Olorum em respeitoso pedido de ajuda. Olorum, sensibilizado pela prece do rapaz transformou-o em uma serpente no instante em que era apertado pelos fortes braços do rei. Este, tomado de susto e nojo largou imediatamente a cobra que sinuosamente atravessou o corredor do salão e saiu por uma fresta da grande porta de entrada. Foi assim que Oxumarê livrou-se do assédio de Xangô. Muito tempo depois, quando ambos foram feitos orixás, Oxumarê ficou encarregado de levar água do mar para o palácio de Xangô, no Orum (céu). A essa tarefa Oxumarê se dedica exemplarmente até hoje, mas Olorum determinou que nunca mais Xangô pode aproximar-se dele.
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